O mundo é pequeno se somos grandes; o mundo é enorme se nos sentimos pequenos.
A diferença do tamanho do mundo de uma pessoa para a outra depende do tamanho que cada um dá ao que está à sua volta, à importância que têm os problemas, à sua atitude de olhar pra frente, para trás, para cima ou para baixo.
Crianças têm sempre a impressão que tudo é gigante. Elas dão suas pequeninas mãos aos adultos, precisam dar três ou quatro passos a mais para acompanhá-los e essa “distância” entre os dois mundos, infantil e adulto, faz com que ela ou acredite cegamente, ou tema.
Somos, quão e quantas vezes, quais crianças pequeninas face aos nossos problemas. Os vemos como adultos sérios e devoradores e nos tornamos ainda menores no espaço que ocupamos.
Essa atitude nos reduz, impossibilita aquele crescimento que nos tornará homens e mulheres grandes o bastante para enxergar o mundo olhando nos olhos dele, vendo os problemas não como montanhas difíceis de subir ou atravessar, mas como desafios os quais podemos vencer.
O mundo é o mesmo para todos, com seus espaços, constelações, travessias, mares, tragédias e campos floridos. Somos nós, individualmente, gigantes ou pequenos, crianças indecisas ou adultos destemidos.
Somos a força pela qual outros podem se guiar ou aqueles que estão sempre estendendo a mão ou dando três ou quatro passos a mais para acompanhar o ritmo das intermináveis caminhadas daqueles que seguimos.
Somos a gota pequenina que se repousa na folha ou o vento impetuoso que a carrega onde quer. Somos nossas atitudes somadas, no bom ou no ruim, que conhecem Aquele que nos colocou no mundo ou persistem em querer se descobrir.
Somos, aos olhos de Deus e com o mesmo amor, aqueles que se levantam e andam ou os que fazem no dia-a-dia os milagres que dão sentido à existência.