A criança sopra o brinquedo,
e no ar as bolhas te trazem,
em risonhos trejeitos,
linda, sonhadora,
a princesa dos sete mares,
a musa delicada abrindo meu poema
encantado na violeta,
exposta e formosa em meu jardim!
Vejo-te pelo firmamento
alimentando meu cordel,
colorindo a face pequena,
brilhando ao cair da lágrima
donde me pego escrevendo
ao sentir teu beijo, puro,
apaixonado e transcendental!
No passeio das bolhas,
vem sedutora, em ópio
desejado e aclamado no peito nu,
a pele arrepiada exclamando
dalma o sussurro insano,
o delírio do abraço
nas águas em colisão!
Enfim digo-te,
é a bela entre as feras,
a alva pétala entre as vestes,
que te trazem menina, diva,
a mulher do estreito sentido!