A luva de Jessie

Eu faço treinamentos para gerentes de um cadeia de lojas de conveniência. Entre os temas que nós colocamos em nossos seminários, um é sobre manter empregados de qualidade, um real desafio para os gerentes quando se considera a escala de pagamento. Durante estas conversas, eu pergunto aos participantes:
– O que fez você ficar no emprego o tempo suficientemente longo para tornar-se um gerente?

– Certa vez uma nova gerente tomou a palavra e lentamente, com sua voz quase sussurrada, disse, – Um luva de basebol, de $19.

Cynthia contou ao grupo que seu emprego de balconista era apenas um trabalho temporário enquanto procurava algo melhor. Em seu segundo ou terceiro dia atrás do balcão, recebeu uma ligação telefônica de seu filho Jessie, de nove anos. Ele precisava de uma uva de basebol. Ela respondeu que como uma mãe solteira, o dinheiro estava muito curto, e primeiro precisava verificar as contas que teria para pagar. Talvez pudesse comprar sua luva de basebol só com seu segundo ou terceiro pagamento.

Quando Cynthia chegou para trabalhar na manhã seguinte, Patrícia, a gerente da loja, pediu que fosse à uma sala nos fundos da loja e que servia como um escritório. Cynthia perguntou-se o que teria feito de errado ou deixado de fazer. Ficou preocupada e confusa.

Lá chegando, Patrícia entregou-lhe uma caixa.
– Por acaso ouvi sua conversa com seu filho ontem. – disse – Eu sei como é difícil explicar estas coisas para as crianças. Isto é uma luva de basebol para Jessie, porque ele não pode entender como é importante você pagar as contas antes de poder compraras luvas. Sei que não podemos pagar à pessoas como você tanto como gostaríamos. mas me importo, e quero que saiba que você é muito importante para nós.

A consideração, empatia e amor daquela gerente de loja de conveniência demonstra nitidamente que as pessoas lembram-se muito mais do cuidado que o empregador tem do que do salário que o empregador paga.

Uma importante lição, pelo preço de uma pequena luva de basebol.

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