Ouvi uma história muito bonitinha outro dia, a respeito de uma menina que sonhou ganhar uma boneca nova no Natal.
Ela “namorou” a boneca muitas vezes na vitrine da loja e fez questão de mencionar seu desejo em frente de toda família pra ver se alguém se comovia. O Natal chegou e, para sua surpresa, a boneca veio muito bem embrulhada num pacote cheio de laços vermelhos e dourados.
– Obrigada vovó, você é mesmo demais.
A festa foi se desenrolando, as horas passando até que a garotinha começou a ficar sonolenta. Ela juntou ao seu redor todos os presentes que havia ganhado, mas não conseguia se acomodar. Foi então que ela desapareceu da sala. A vovó saiu a sua procura e a encontrou em seu quarto, agarrada a sua velha bonequinha, com feições desmaiadas, pouco cabelo e sem um braço.
– Parece-me que você não gostou tanto assim de sua nova boneca! Veio dormir com sua boneca velha., perguntou a vovó da menina.
– Vovó, eu adorei a boneca nova, mas sabe, ela é tão linda que qualquer pessoa pode amá-la, esta aqui não tem ninguém para amá-la, senão eu., respondeu a menina.
Achei que esta história poderia nos ensinar alguma coisa sobre aceitação das limitações e dos defeitos – feiuras – dos outros. Uma amiga me deu um quadrinho que diz: “Amiga é alguém que sabe tudo sobre você e ainda gosta de você.” É tão fácil amar o amável, o belo, o bondoso.
Quando você tiver dificuldade de aceitar e amar alguém lembre-se que Deus o aceita como você é e o ama “apesar de você”.
Há alguém no seu dia-a-dia difícil de engolir? Pois decida a amá-lo. Amar é muito mais uma decisão do que uma emoção. Decida primeiro que a emoção virá depois.