Um velho monge rezou muitos anos para que pudesse ter uma visão de Deus e fortalecer a sua fé, mas a visão nunca veio. Ele quase perdeu a esperança quando, um dia, uma visão apareceu. O velho monge estava jubiloso. Mas então, no meio da visão, tocou o sino do mosteiro.
O badalar do sino indicava que era hora de alimentar os pobres que se juntavam diariamente no portão de mosteiro. E era o velho monge quem tinha a tarefa de os alimentar. Se ele não aparecesse com comida, os pobres partiriam, pensando que o mosteiro não tinha nada para lhes dar naquele dia.
O velho monge estava dividido entre o seu dever terrestre e a sua tão esperada visão divina. Porém, antes do sino deixar de soar, o monge tinha tomado a decisão. Com o coração pesado, ele deixou a visão para trás e foi alimentar o povo.
Quase uma hora depois, o velho monge voltou ao seu quarto. Quando abriu a porta, quase não acreditava em seus próprios olhos. Lá no quarto estava a visão, esperando por ele. O monge deixou-se cair de joelhos em ação de graças e a visão lhe disse:
– Meu filho, se não tivesse ido alimentar aos pobres, eu não teria ficado. Porque a melhor maneira de servir a Deus é estender as mãos em serviço para nossos irmãos e irmãs, especialmente, aqueles menos afortunados do que nós.