Havia um museu com o piso completamente coberto por belíssimos azulejos
de mármore e com uma estátua, toda em mármore, enorme, exibida no meio
do salão de entrada. Muitas pessoas vinham do mundo inteiro para admirar a bonita estátua de mármore.
Uma noite, os azulejos de mármore começaram a falar e reclamar com a
estátua de mármore.
– Estátua, isto não é justo, não é justo! Por que vem gente do mundo
inteiro, pisa e pisa em todos nós, e só para admirá-la? Não é justo!
– Meu querido amigo, azulejo de mármore. Você ainda se lembra de quando estávamos, de fato, na mesma caverna? Respondeu a estátua.
– Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós nascemos da
mesma caverna e agora recebemos tratamento tão diferente.
Não é justo! Ele chorou novamente.
– Então, Você ainda se lembra do dia que o artista tentou trabalhar em
você, mas você resistiu bravamente às ferramentas?
– Sim, claro que eu me lembro. Eu odiei aquele sujeito! Como pôde ele usar aquelas ferramentas em mim, doeu muito!.
– Isso é certo! Ele não pôde trabalhar nada em você porque você resistiu
em ser trabalhado.
– Sim. E daí?
– Quando ele desistiu de você e veio para cima de mim ao invés de resistir
como você, eu soube imediatamente que eu me tornaria algo diferente
depois dos esforços dele. Eu não resisti, ao invés disso eu aguentei
todas as ferramentas dolorosas que ele usou em mim.
– Hummmmm……. Resmungou o azulejo.
– Meu amigo, há um preço para tudo na vida. E nem sempre é fácil.
Às vezes é muito difícil, doloroso. Mas temos que aprender e suportar os sofrimentos, procurando crescer e aprender para nos transformarmos em algo mais belo.
Já que você desistiu de tudo no meio do caminho, você não pode culpar qualquer
pessoa que agora pisa em você.