Daddy Bruce

Daddy Bruce Randolph era um homem que fumava muito e nunca seria visto em público sem seus chapéu, capa e guarda-chuva.

Aos sessenta e um anos de idade, abriu o restaurante e churrascaria Daddy Bruces em uma área pobre de Denver.

Podia se discutir se sua carne era a melhor da cidade, mas não havia nenhuma discussão sobre sua pessoa. Era um homem gentil e começou uma tradição que morreu com ele, trinta anos depois que abriu seu restaurante. Ele alimentou pessoas – não apenas seus clientes, mas os pobres e os desabrigados moradores de rua.

Todo “Ação de Graças”, Daddy e seu filho cozinhavam para uma multidão de moradores de rua. Queria lhes dar um grande jantar no dia em que todo o país comemora sua bondade.

Aproximadamente uma semana antes, Daddy começava a fazer todos os preparativos. Nos primeiros anos de seu projeto, pagou por tudo de seu próprio bolso. Mas à medida em que o tempo foi passando, os custos explodiram enquanto a multidão aumentava. Foi quando os admiradores de Daddy começaram a ajudar.

Alguns doavam toneladas de alimentos e outros doavam seu tempo para estar por trás e ao lado do velho homem. Atletas, políticos, policiais e religiosos, bem como outras pessoas ofereciam-se para cozinhar e servir. Era um momento raro para testemunhar a distribuição de alimentos para pessoas que viviam em casas de papelão por baixo de viadutos de Denver.

Parecia haver uma fonte infinita de comida para alimentar a multidão. Ninguém saía com fome do Daddy Bruces. Foi Daddy que começou a coisa toda e supervisionou até quando chegou aos noventa anos. Tinha se tornado demasiado velho para trabalhar.

Foi uma das poucas pessoas que viveram para ver uma rua da cidade receber seu nome em sua justa homenagem. Em 1991, o prefeito Frederico Pena rebatizou a avenida “East Twenty-third Avenue” para “Bruce Randolph Boulevard”. Dois anos mais tarde, Daddy Bruce morreu. Ele viveu modestamente, mas bem.

Quando, certa vez, lhe perguntaram sobre porque se ofereceu para alimentar milhares de pessoas pobres e com fome por cerca de vinte e cinco anos, sua resposta foi simples,
– Se você der apenas uma coisa, você receberá três de volta. O amor sempre funciona assim. É por isso que eu o faço.

E ele fez bem, muito bem.

Comentários