Soneto

Não chame o meu amor de Idolatria

Nem de Ídolo realce a quem eu amo,

Pois todo o meu cantar a um só se alia,

E de uma só maneira eu o proclamo.

É hoje e sempre o meu amor galante,

Inalterável, em grande excelência.

Por isso a minha rima é tão constante

A uma só coisa e exclui a diferença.

‘Beleza, Bem, Verdade’, eis o que exprimo.

‘Beleza, Bem, Verdade’, todo o acento.

E em tal mudança está tudo o que primo,

Em um, três temas, de amplo movimento.

‘Beleza, Bem, Verdade’ sós, outrora.

Num mesmo ser vivem juntos agora.

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