Em um país distante, havia uma lei que determinava que uma vez ao ano, trinta prisioneiros da cidade fossem sorteados aleatoriamente para serem executados, pensando desta forma em diminuir a criminalidade.
Com o passar dos anos toda vez que aproximava-se esta data uma imensa tristeza tomava conta da cidade. Chegado o dia mais triste do ano para a cidade, eis que o governador sai de sua casa e se dirige para a sede do governo onde deveria assinar a lei com os respectivos condenados. O decreto deveria ser assinado até as 12:00 ou perderia sua validade, sendo os condenados reenviados ao cárcere.
No trajeto até o palácio o governante observa o cotidiano da cidade através da janela de seu carro quando de repente, seus olhos observam duas crianças correndo. A maior correndo, brincando, atrás da menor. De repente a menor cai e é acudida pela maior que para faze-la parar de chorar, a distrai e carrega-a nos braços.
Seu carro já vai distante, mas ele fixa seu olhar naquela cena. Chegando ao seu gabinete, pede para não ser incomodado e fecha as portas. Aquela cena não lhe sai da mente e o remete às entranhas do seu ser ao ver a criança maior protegendo a menor. Um turbilhão passa na sua vida, assim o tempo passa e são 12:00. Uma explosão de alegria toma conta da cidade e todos se rejubilam, pois a lei não seria cumprida hoje e talvez nunca mais.
Uma mãe então entra em casa gritando feliz:
– Filhinhos, filhinhos! o Governador não assinou a perversa lei. Seu pai, eu não queria contar-lhes, tinha sido escolhido para ser executado, mas graças a Deus ele estará conosco semana que vem! Viva! Viva!
– Que bom mãe! Que bom mamãe!
– E vocês? O que fizeram?
– Nada não mãe. Nós saímos para brincar, mas o Andrezinho caiu, chorou aí eu tive que carregá-lo no colo e contar algumas estórias para ele. Eu acho que nós nem deveríamos ter saído de casa…
É assim que Deus age em nós… Muitas vezes nem percebemos os seus sinais, mas Ele sabe como fazer aquilo que nos é aproveitável e usa os emissários do bem para que enxerguemos a vida de maneira diferente… Não esqueça que Deus vela por nós todos os instante.