Amigo meu

Sabe calar à hora certa
Meu desabafo escuta

Fala a sábia palavra
Aquela que preciso ouvir

É o sepulcro onde deposito meus segredos

É a fonte
Onde reabasteço meu ego

Acolhe minhas mágoas
Me reanima

Ri comigo
O riso mais sem graça

Escancara a boca
Com a minha gargalhada

Vara comigo noites
As alegres noitadas

Chora comigo
A lágrima sentida

Nas noites mal dormidas
Companheiro de solidões

O próprio bolso abre, repartindo
Quando o meu está vazio

Amigos são tão poucos
Se restar apenas um
Que seja tão grande
Que me baste.

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