Parece que foi ontem! No entanto, os meus cabelos estão mais brancos e raros enquanto tu continuas linda, com um sorriso lindo, e as crianças que “ontem” não haviam já estão tão grandes, fortes e formadas que já nos “proporcionam”, “oferecem”, uma nova geração de crianças que têm algo de nós dois para deixar ao mundo.
Há vinte e cinco anos que eu te conheço de muito perto. Prata é pouco para definir o valor desse sentimento que me habita, dessa convivência feliz e construtiva.
O nosso casamento foi algo natural, inevitável diante do amor dedicado que sempre tivemos em relação ao outro. A felicidade proveniente deste amor é algo ainda maior, pois foi construída no nosso dia-a-dia, com base num esforço solidário e comum que se nota cada vez mais raro hoje em dia, visto que nem todos os casais são capazes de enfrentar com esperança e dignidade as dificuldades que surgem pelo caminho.
Nós tivemos sempre a esperança e a coragem. Tivemos sempre a dignidade de discutirmos as nossas angústias, incertezas e desesperos. Tivemos sempre o cuidado de preservar o outro de problemas menores, aqueles que pudéssemos resolver por conta própria.
Por isso, apesar de todas as pedras que tivemos pelo caminho, tudo contigo tem valido a pena (se é que haveria pena em estar contigo). Muitas das pedras que surgiram como obstáculos acabaram a revelar-se pedras preciosas. melhor dizendo, aprendemos muito com as dificuldades!
Quero que saibas que, agora, quando comemoramos mais este ano de união, as “bodas de prata”, sinto que, sem sombra de dúvida, sou muito mais rico do que era há vinte e cinco anos atrás.