Se todos fôssemos mestres, a quem ensinaríamos?
Se de tudo soubéssemos, por que aqui estaríamos?
No entanto, temos diante da vida, na maioria das vezes,
uma postura de tudo saber,
de poder emitir ideias, avaliações, estabelecer conceitos…
E cheios de nós mesmos, como um balão que se enche e se eleva para poder ser visto por todos, seguimos com essa ilusão que teimamos em alimentar, buscando cada vez
mais nos auto afirmar
(tanto para os outros, quanto para nós mesmos).
Em todas as matérias somos doutores.
nas coisas da vida, diplomados.
A todo instante distribuindo conselhos,
pareceres, instruções àqueles que nos ouvem.
Tudo parecemos saber, quando tão pouco conhecemos!
O que será que desencadeou essa nossa postura?
Orgulho? Inteligência? Prepotência? Ignorância?
Poderei desfilar aqui mil motivos, justificativas…
Todas disfarces do medo.
O medo que nos assola é tamanho, tão grande,
que cria a lista de adjetivos citados
acima, apenas para não ser descoberto.
Por medo de não saber, fingimos saber tudo.
E o que é pior, convencemos aos outros e a nós mesmos.
Enquanto o medo permanece,
cresce e cria novas formas de nos manter cativos e ignorantes.
Não temos que saber tudo! Não temos que provar nada aos outros.
Temos que conhecer o medo, lidar com ele e, humildemente, nos apresentarmos á vida como aprendizes.
Pois, o verdadeiro mestre se auto intitula aprendiz!…”