Se você quer alguma coisa, dê-a! Não parece um despropósito? É mais fácil conseguir o que se quer abrindo mão de parte do que já se tem. Quando um agricultor quer mais sementes, pegas as que tem e entrega-as à terra. Quando você quer um sorriso, oferece o seu. Quando quer afeto, dá afeto.
Quando ajuda as pessoas, elas o ajudam. E quando quer um beijo na boca? Beija a boca de alguém. E se quiser que as pessoas lhe deem dinheiro? Dê um pouco do seu. Pense nisso. Se a fixação e o apego excessivo impedem o fluxo de coisas boas para a sua vida, talvez a atitude oposta seja o desprendimento: o de entregarmos uma coisa que valorizamos muito.
O que você dá tende a voltar a suas mãos… Quantas vezes a gente ouve esse tipo de história… “um velho miserável e pão-duro, que praticamente passava fome, morreu com um milhão de dólares debaixo do colchão?”.
Aí vem a pergunta: se é preciso dar para receber, o que aconteceu neste caso?
Aí eu respondo: seu saldo bancário não é a medida de sua abundância. Abundância é aquilo que circula em sua vida. A prosperidade é um fluxo: dar e receber. Se você tem uma fortuna depositada na Suíça e não a usa, esse dinheiro não o está enriquecendo. Tecnicamente é seu, mas na realidade você não “recebe” nada dele. Esse dinheiro não o torna abundante e podia muito bem pertencer a outra pessoa. Portanto, o princípio de dar e receber continua valendo mesmo assim.
Em poucas palavras: o macete consiste em dar sem querer nada em troca. Se você espera um retorno, está fixado no resultado e quando nos fixamos no que quer que seja, pouca coisa acontece.
E não devemos gozar das nossas posses pessoais? Claro que sim! Basta ter certeza de que é você que as possui, e não são elas que possuem você.