É noite de domingo e eu me acho desejando, mais uma vez, ter “mais um dia.” O fim de semana parece desaparecer tão rapidamente. Ter mais um dia seria perfeito. Não seria?
No passado, quando em férias, sentava-me na praia, encharcando-me na luz do sol naquele último dia, eu me encontrava dizendo, “gostaria de ter mais um dia”.
Ter mais um dia seria perfeito. Não seria?
Trabalhei em projetos que tinham prazos que pareciam curtos demais. Com toda minha delonga, eu me encontrava pensando, “Se ao menos eu tivesse mais um dia”. Ter mais um dia seria perfeito. Não seria?
Na sexta-feira, me contaram que uma de minhas amigas que eu visito no asilo, declinava. Pensei que eu poderia visitá-la na segunda-feira. Orei para que ela tivesse mais um dia. Ter mais um dia seria perfeito. Não seria?
Hoje é 29 de fevereiro, num ano bissexto. Para equilibrar as coisas, adicionaram mais um dia ao mês de fevereiro. Tive mais um dia e eu o desperdicei. Ele não estendeu meu fim de semana, não me permitiu sentar-me na praia, não trabalhei em meu projeto e nem visitei minha amiga.
Tive mais um dia e não fiz as coisas certas.
O fato em questão é que me foi dado mais de 19.500 dias em meu tempo de vida. Isto é mais que suficiente para realizar todas essas coisas… e eu ainda não fiz.
Acredito que devo desculpas à Deus. Ao invés de desperdiçar tempo desejando por mais, eu deveria ter tomado cada dia como um presente, vivê-lo plenamente e, no fim, simplesmente agradecer à Deus. Então, se pela Graça de Deus, eu acordar amanhã de manhã, eu o viverei como se fosse meu último dia.