Quando o orgulho e a teimosia, que são da mente, bloqueiam o coração, tudo fica escuro. Surge um gosto amargo no peito, filho da tristeza.
O espírito e o coração não se encontram mais, pois a mente está entre ambos, cortando a união.
Então, a fumaça intoxica o jardim interno, e as pragas se instalam.
A mente não vê, mas as sombras estão ali.
Por fora, tudo parece certo. Mas, por dentro, o jardim está murcho.
Contudo, a mente não presta atenção em coisas assim. seus interesses são outros, mesmo ao custo de carregar a tristeza e perder a luz. Realizando, sim, mas sem brilho.
Com a mente no comando, pode-se até ganhar o mundo e realizar sonhos.
Porém, com as sombras apertando o peito e roubando a luz do espírito.
Quando o espírito e o coração não estão juntos, a mente prevalece, e as sombras fazem sua morada.
A obsessão espiritual é assim: as sombras de fora sempre procuram as de dentro.
É por isso que Jesus ensinava: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação!”
Esse ensinamento é vital para se fazer a longa travessia das existências seriadas na Terra – com equilíbrio e contentamento.
Para viver no mundo e se realizar, mas com a luz no comando do espírito.
E com o amor alegrando a jornada e fazendo a aurora surgir nos olhos.
Usando a mente, e não sendo usado por ela.
Realizando – com brilho.
Sem sombras – com amor.
Recuperando o jardim…