O salvamento

Um menino vivia com sua avó quando sua casa incendiou-se. A avó, tentando alcançar o andar superior para salvar o menino, morreu nas chamas. Os gritos do menino por ajuda finalmente foram respondidos por um homem que subiu por um cano de esgoto de ferro e voltou para baixo com o menino pendurado ao seu pescoço.

Várias semanas mais tarde, uma audiência pública foi realizada para determinar quem receberia a custódia da criança. Um fazendeiro, um professor e um cidadão bem sucedido do povoado apresentaram suas razões pelas quais sentiam que deveriam ser escolhidos para dar um lar ao menino.

Enquanto conversavam, os olhos do menino permaneciam fixos no chão. Então, um estranho avançou e lentamente tirou as mãos dos bolsos, revelando terríveis cicatrizes nelas.

Enquanto a multidão assistia, o menino chorou em reconhecimento. Aquele era o homem que tinha salvado sua vida. Suas mãos tinham sido queimadas quando subiu o cano quente. Com um salto o menino jogou seus braços em torno do pescoço do homem.

Os outros homens silenciosamente saíram, deixando o menino com seu salvador. Aquelas mãos danificadas tinham encerrado o assunto.

Este relato é bom para nos fazer lembrar que há alguém cujo corpo teve as mãos terrivelmente feridas por pregos numa missão de salvamento. É este alguém que, acima de qualquer interesse, merece ter a nossa custódia e por nossa própria e espontânea vontade.

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